Projeto Multicêntrico realiza sua segunda etapa de
campo com sucesso no Pará
No
período de janeiro a março de 2016, foi realizada mais uma etapa do projeto Multicêntrico
“Análise da efetividade da iniciativa
Mais Médicos na realização do direito universal à saúde e na consolidação das
Redes de Serviços de Saúde”, coordenado no Pará, pelo profº Dr. Hilton P.
Silva (UFPA) e nacionalmente pela profª Dra. Leonor Pacheco (UNB). Neste ano,
os municípios de Aveiro, Bujaru, Cachoeira do Arari, Curuá, Jacundá, Limoeiro
do Ajuru, São Sebastião da Boa Vista e Tracuateua foram revisitados pelos
pesquisadores da UFPA para a realização de novas entrevistas com os médicos do
PMM, gestores, profissionais de saúde e usuários desses municípios. Os roteiros
de entrevistas sofreram pequenas adequações em relação ao ano passado, visando
clarificar algumas perguntas.
Uma das peculiaridades do trabalho de
campo na região amazônica é a dificuldade de acesso a alguns municípios, muitas
vezes sendo necessário utilizar mais de um tipo/modo de transporte para chegar
ao destino. Por exemplo, para chegar ao município de Aveiro é necessário viajar
de avião até o município vizinho de Santarém, se deslocar até o porto da cidade
de taxi ou mototaxi e de lá seguir via barco ou lancha para Aveiro. Dependendo
dos modos transporte disponíveis nos dias da viagem, o trajeto todo pode levar
mais de um dia. Para Curuá também se usa diversos veículos: avião, mototaxi,
lancha ou barco. Já para os municípios localizados no Arquipélago do Marajó, é
necessário atravessar a Baía do Guajará de balsa ou navio, enfrentando muitas
vezes águas turbulentas por várias horas. Para Cachoeira do Arari, por exemplo,
é necessário atravessar a baía, desembarcar no porto Camará e de lá seguir em
transporte coletivo privado (Van) até o destino. Para o município de Jacundá, a
viagem de ônibus dura cerca de 7h, sendo que a condição da estrada é geralmente
precária. Para Limoeiro do Ajuru, é necessário viajar de ônibus até o município
de Barcarena, se deslocar para o porto da cidade de mototaxi e de lá seguir via
lancha para Limoeiro, sendo um desafio sincronizar os diversos veículos, pois a
lancha não está disponível todos os dias da semana. Já para os municípios de
Bujaru e Tracuateua o percurso não é tão complicado, sendo necessário somente a
viajem de ônibus, que pode durar entre 3 e 8 horas. Porém, ao longo desse
percurso podem ocorrer diversos problemas como panes no ônibus, em função da má
condição da estrada, e espera incerta da balsa para atravessar um rio em frente
a Bujaru, pois esta faz a travessia apenas de hora em hora, e algumas vezes
quebra no trajeto.
As equipes este
ano foram compostas pel@s pesquisador@s Ariana Kelly Leandra Silva da Silva,
Camila Maísa Santos Monteiro, Edmir Amanajás, Marta Giane Machado Torres,
Pérola Negra Guimarães dos Santos, Rafael Cabral, Roseane Bittencourt Tavares e
Silbênia Tânia Ribeiro. @s pesquisador@s permaneceram cerca de uma semana em
cada município, considerando o deslocamento, as atividades de coleta de dados e
a transcrição das entrevistas, trabalho iniciado ainda no local. A pesquisa
necessitou de extensa permanência em campo, devido aos longos deslocamentos
dentro dos municípios, pois geralmente as unidades de saúde visitadas ficam
muito distantes dos centros das cidades, e também pelas dificuldades de contato
com os entrevistados, pois em alguns locais não há acesso regular a telefone ou
internet. Esses deslocamentos internos também aconteceram de várias formas: de
carro, moto, a pé e até mesmo de rabeta. Como qualquer pesquisa envolvendo
trabalho de campo, sempre surgem problemas e imprevistos como dificuldades de
comunicação com os responsáveis locais, atrasos na chegada ou saída dos
transportes, dificuldades de encontrar alojamento adequado, adoecimentos de
pesquisador@s pelas precárias condições sanitárias, desconfiança inicial dos
gestores e profissionais sobre os objetivos do Projeto (especialmente em ano
eleitoral), mas que foram solucionados sem prejuízos aos trabalhos. Além das
entrevistas, @s pesquisador@s também registraram as atividades por meio de
fotos e vídeos.
Queremos
registrar nossos agradecimentos aos gestores municipais, médicos, profissionais
e usuários que acolheram e estiveram, geralmente, dispostos a atender as
equipes e participar de todas as etapas da pesquisa, contribuindo
voluntariamente para que o PMMB e o SUS sejam adequadamente conhecidos e
avaliados em nosso Estado.
A seguir uma
síntese desta etapa nas imagens e palavras dos participantes.
Aveiro
Fonte: LEBIOS (2016)
Equipe de Aveiro
Fonte: LEBIOS (2016)
Médico de Jacundá
Fonte: LEBIOS (2016)
Jacundá
Fonte: LEBIOS (2016)
Médicas de Cachoeira do Arari
Fonte: LEBIOS (2016)
Cachoeira do Arari
Fonte: LEBIOS (2016)
Médico de SS Boa Vista
Fonte: LEBIOS (2016)
São Sebastião da Boa Vista
Fonte: LEBIOS (2016)
São Sebastião da Boa Vista
Fonte: LEBIOS (2016)
Médica de SS da Boa Vista
Fonte: LEBIOS (2016)
Tracuateua
Fonte: LEBIOS (2016)
US de Tracuateua
Fonte: LEBIOS (2016)
US de Curuá
Fonte: LEBIOS (2016)
Bujaru
Fonte: LEBIOS (2016)
US de Limoeiro do Ajurú
Fonte: LEBIOS (2016)
Limoeiro do Ajurú
Fonte: LEBIOS (2016)
Muito bom poder colaborar com este projeto, experiência maravilhosa de poder avaliar um programa do governo!
ResponderExcluirÉ, toda a comunidade ganhou com esta iniciativa. A equipe de trabalho profundamente envolvida na responsabilidade do cuidado no sistema público de saúde, com a presença de médico envolvidas em todas as ações somando com a sempre presente equipe de enfermagem. A comunidade por sua vez reconhecendo o valor social advindo desta integração. Observamos que precisa avançar na participação mais efetiva dos conselhos de saúde que até então pouco conversam sobre o planejamento e organização da saúde dos municípios!
ResponderExcluirÉ, toda a comunidade ganhou com esta iniciativa. A equipe de trabalho profundamente envolvida na responsabilidade do cuidado no sistema público de saúde, com a presença de médico envolvidas em todas as ações somando com a sempre presente equipe de enfermagem. A comunidade por sua vez reconhecendo o valor social advindo desta integração. Observamos que precisa avançar na participação mais efetiva dos conselhos de saúde que até então pouco conversam sobre o planejamento e organização da saúde dos municípios!
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