terça-feira, 15 de novembro de 2016

VÍDEO DA EQUIPE PARÁ É SELECIONADO PARA MOSTRA DE FILMES

Vídeo sobre experiências de pesquisadores e profissionais do Projeto Mais Médicos feito pela equipe do Pará foi selecionado para participar da mostra de filmes do II EAVAAM (www.eavaam.com.br/#mostra_de_filmes).
O filme foi exposto na Mostra paralela de filmes Etnográficos, a exibição ocorreu no dia 27/10/2015 no auditório do ICEN às 14h com moderação do aluno Rafael Cabral.

O filme está disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=3_yr56apnTE


sábado, 29 de outubro de 2016

Publicações recentes

O Projeto "Análise da efetividade da iniciativa Mais Médicos na realização do direito universal à saúde e na consolidação das Redes de Serviços de Saúde" (MCTI/CNPq/CT-Saúde/MS/SCTIE/Decit Nº 41/2013), após as primeiras etapas de coleta de dados em campo avança  em relação à divulgação dos resultados obtidos. Nesse sentido, mais algumas publicações saíram recentemente, entre elas os artigos  

Jornais Folha de São Paulo e Correio Braziliense: o que dizem sobre o programa mais médicos? 
Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080-62342014000800107&script=sci_arttext&tlng=pt

Autores: Indyara de Araujo Morais  , Dábyla Fabriny Batista de Alkmin  , Jéssica de Souza Lopes  , Marina Menezes de Santos  , Mariane Sanches Leonel  , Rodrigo Silvério de Oliveira Santos  , Weverton Vieira da Silva Rosa  , Ana Valéria Machado Mendonça  , Maria Fátima de Sousa

Resumo: Analisa as publicações relacionadas ao Programa Mais Médicos de julho a setembro de 2013 e sua repercussão no Correio Braziliense e Folha de São Paulo. Trata-se de um estudo descritivo que utilizou de metodologia qualiquantitativa. Os dados analisados e relacionados representam o que o Programa assume na mídia impressa. Foram encontradas 363 publicações, sendo 262 na Folha de São Paulo e 101 no Correio Braziliense. A palavra “Médicos” mais apareceu nos títulos, e na Folha de São Paulo foram 110 dos títulos negativos; no Correio Braziliense o caráter neutro esteve em 50 das publicações. No caráter da notícia, 178 destas são pessimistas. As “neutras” representaram 101 e as “otimistas” 83. Verificou-se que a mídia é fundamental para a repercussão do Programa, mas não transparece a verdade, mas a opinião de jornalistas que escreveram as notícias relacionadas ao tema.


Projeto mais médicos para o Brasil: estudos de casos em comunidades quilombolas
Disponível em:
http://saudepublica.bvs.br/pesquisa/resource/pt/sus-30808


Resumo: O Projeto Mais Médicos para o Brasil tem como objetivo o provimento de profissionais brasileiros e estrangeiros para atuar em municípios de difícil acesso e acentuada vulnerabilidade socioeconômica, e estabelece os grupos quilombolas como uma das prioridades. Este artigo analisa de que forma o Projeto tem contribuído para a atenção primária à saúde em comunidades quilombolas do Nordeste e do Norte do país, por meio de uma investigação qualitativa em duas comunidades no Rio Grande do Norte e uma no Pará. Foram realizados grupos focais com usuários de Unidades Básicas de Saúde e entrevistas semiestruturadas com médicos, profissionais de saúde das equipes das Unidades Básicas de Saúde, gestores das Secretarias Municipais de Saúde, conselheiros municipais de saúde e lideranças locais. Conclui-se que o Mais Médicos contribuiu na garantia do acesso à saúde nas comunidades estudadas. A permanência dos médicos nos municípios possibilitou a realização de ações de prevenção e promoção da saúde e o estabelecimento de vínculo com os usuários. (AU)

Mais Médicos program: provision of medical doctors in rural, remote and socially vulnerable areas of Brazil, 2013–2014

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27020757


Autores: Pereira LL, Santos LM, Santos W, Oliveira A, Rattner D.

Abstract

INTRODUCTION:

The Mais Médicos program was introduced in 2013 with the aim of reducing the shortage of doctors in priority regions and diminishing regional inequalities in health. One of the strategies has been to offer 3-year contracts for doctors to work in primary healthcare services in small towns, inland, rural, remote, and socially vulnerable areas. This report describes the program's implementation and the allocation of doctors to these target areas in 2014.

METHODS:

To describe the provision of doctors in the first year of implementation, we compared the doctor-to-population ratio in the 5570 municipalities of Brazil before and after the program, based on the Federal Board of Medicine database (2013), and the official dataset provided by the Ministry of Health (2014).

RESULTS:

In its first public call (July 2013) 3511 municipalities joined the Mais Médicos program, requesting a total of 15 460 doctors; although the program prioritizes the recruitment of Brazilians, only 1096 nationals enrolled and were hired, together with 522 foreign doctors. As a consequence, an international cooperation agreement was set in place to recruit Cuban doctors. In 12 months the program recruited 14 462 doctors: 79.0% Cubans, 15.9% Brazilians and 5.1% of other nationalities, covering 93.5% of the doctors demanded; they were assigned to all the 3785 municipalities enrolled. The study reveals a major decrease in the number of municipalities with fewer than 0.1 doctors per thousand inhabitants, which dropped from 374 in 2013 to 95 in 2014 (75% reduction). Of the total, 294 doctors were sent to work in the country's 34 Indigenous Health Districts (100% coverage) and 3390 doctors were deployed in municipalities containing certified rural maroon communities (formed centuries ago by runaway slaves). After 1 year of implementation, the municipalities with maroon communities with less than 0.1 doctors per thousand inhabitants were reduced by 87% in the poorest north region. More than 30% of municipalities with maroon communities in the richest regions had more than 1.0 doctors per thousand inhabitants, whereas in the poorest regions fewer than 7% of municipalities reached that level. CONCLUSIONS: The Mais Médicos program has granted medical assistance to these historically overlooked populations. However, it is important to evaluate the mid- and long-term sustainability of this initiative.

KEYWORDS:

Health Needs Assessment; Health Promotion; Health Scientist; Indigenous Health Worker; Medical; Primary Health Care; Public Health; Researcher; South America; Workforce

Outros artigos, teses  e dissertações já foram submetidos ou estão em fase de preparação e serão disponibilizados aqui tão logo tenham sido publicados.




segunda-feira, 27 de junho de 2016

Projeto Multicêntrico realiza sua segunda etapa de campo com sucesso no Pará


Projeto Multicêntrico realiza sua segunda etapa de campo com sucesso no Pará
No período de janeiro a março de 2016, foi realizada mais uma etapa do projeto Multicêntrico “Análise da efetividade da iniciativa Mais Médicos na realização do direito universal à saúde e na consolidação das Redes de Serviços de Saúde”, coordenado no Pará, pelo profº Dr. Hilton P. Silva (UFPA) e nacionalmente pela profª Dra. Leonor Pacheco (UNB). Neste ano, os municípios de Aveiro, Bujaru, Cachoeira do Arari, Curuá, Jacundá, Limoeiro do Ajuru, São Sebastião da Boa Vista e Tracuateua foram revisitados pelos pesquisadores da UFPA para a realização de novas entrevistas com os médicos do PMM, gestores, profissionais de saúde e usuários desses municípios. Os roteiros de entrevistas sofreram pequenas adequações em relação ao ano passado, visando clarificar algumas perguntas.
Uma das peculiaridades do trabalho de campo na região amazônica é a dificuldade de acesso a alguns municípios, muitas vezes sendo necessário utilizar mais de um tipo/modo de transporte para chegar ao destino. Por exemplo, para chegar ao município de Aveiro é necessário viajar de avião até o município vizinho de Santarém, se deslocar até o porto da cidade de taxi ou mototaxi e de lá seguir via barco ou lancha para Aveiro. Dependendo dos modos transporte disponíveis nos dias da viagem, o trajeto todo pode levar mais de um dia. Para Curuá também se usa diversos veículos: avião, mototaxi, lancha ou barco. Já para os municípios localizados no Arquipélago do Marajó, é necessário atravessar a Baía do Guajará de balsa ou navio, enfrentando muitas vezes águas turbulentas por várias horas. Para Cachoeira do Arari, por exemplo, é necessário atravessar a baía, desembarcar no porto Camará e de lá seguir em transporte coletivo privado (Van) até o destino. Para o município de Jacundá, a viagem de ônibus dura cerca de 7h, sendo que a condição da estrada é geralmente precária. Para Limoeiro do Ajuru, é necessário viajar de ônibus até o município de Barcarena, se deslocar para o porto da cidade de mototaxi e de lá seguir via lancha para Limoeiro, sendo um desafio sincronizar os diversos veículos, pois a lancha não está disponível todos os dias da semana. Já para os municípios de Bujaru e Tracuateua o percurso não é tão complicado, sendo necessário somente a viajem de ônibus, que pode durar entre 3 e 8 horas. Porém, ao longo desse percurso podem ocorrer diversos problemas como panes no ônibus, em função da má condição da estrada, e espera incerta da balsa para atravessar um rio em frente a Bujaru, pois esta faz a travessia apenas de hora em hora, e algumas vezes quebra no trajeto.
As equipes este ano foram compostas pel@s pesquisador@s Ariana Kelly Leandra Silva da Silva, Camila Maísa Santos Monteiro, Edmir Amanajás, Marta Giane Machado Torres, Pérola Negra Guimarães dos Santos, Rafael Cabral, Roseane Bittencourt Tavares e Silbênia Tânia Ribeiro. @s pesquisador@s permaneceram cerca de uma semana em cada município, considerando o deslocamento, as atividades de coleta de dados e a transcrição das entrevistas, trabalho iniciado ainda no local. A pesquisa necessitou de extensa permanência em campo, devido aos longos deslocamentos dentro dos municípios, pois geralmente as unidades de saúde visitadas ficam muito distantes dos centros das cidades, e também pelas dificuldades de contato com os entrevistados, pois em alguns locais não há acesso regular a telefone ou internet. Esses deslocamentos internos também aconteceram de várias formas: de carro, moto, a pé e até mesmo de rabeta. Como qualquer pesquisa envolvendo trabalho de campo, sempre surgem problemas e imprevistos como dificuldades de comunicação com os responsáveis locais, atrasos na chegada ou saída dos transportes, dificuldades de encontrar alojamento adequado, adoecimentos de pesquisador@s pelas precárias condições sanitárias, desconfiança inicial dos gestores e profissionais sobre os objetivos do Projeto (especialmente em ano eleitoral), mas que foram solucionados sem prejuízos aos trabalhos. Além das entrevistas, @s pesquisador@s também registraram as atividades por meio de fotos e vídeos.
Queremos registrar nossos agradecimentos aos gestores municipais, médicos, profissionais e usuários que acolheram e estiveram, geralmente, dispostos a atender as equipes e participar de todas as etapas da pesquisa, contribuindo voluntariamente para que o PMMB e o SUS sejam adequadamente conhecidos e avaliados em nosso Estado.
A seguir uma síntese desta etapa nas imagens e palavras dos participantes.



Aveiro
Fonte: LEBIOS (2016)

Equipe de Aveiro
Fonte: LEBIOS (2016)



Médico de Jacundá

Fonte: LEBIOS (2016)

Jacundá
Fonte: LEBIOS (2016)


Médicas de Cachoeira do Arari
Fonte: LEBIOS (2016)

Cachoeira do Arari
Fonte: LEBIOS (2016)

Médico de SS Boa Vista

Fonte: LEBIOS (2016)

São Sebastião da Boa Vista
Fonte: LEBIOS (2016)


Médica de SS da Boa Vista

Fonte: LEBIOS (2016)

Tracuateua
Fonte: LEBIOS (2016)

US de Tracuateua
Fonte: LEBIOS (2016)

 US de Curuá
Fonte: LEBIOS (2016)



Bujaru
Fonte: LEBIOS (2016)

US de Bujaru

Fonte: LEBIOS (2016)


US de Limoeiro do Ajurú
Fonte: LEBIOS (2016)

Limoeiro do Ajurú
Fonte: LEBIOS (2016)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Equipe do Pará prepara nova etapa da pesquisa no Estado

Neste início de 2016, enquanto os trabalhos de análise dos dados coletados nacionalmente no ano passado prosseguem e novas publicações são desenvolvidas, as equipes do projeto "Análise da efetividade da iniciativa Mais Médicos na realização do direito universal à saúde e na consolidação das Redes de Serviços de Saúde" começam sua preparação para voltar a campo e coletar os dados da segunda fase da pesquisa nacional.
A equipe do Pará esteve reunida no dia 19 de janeiro no Laboratório de Estudos Bioantropológicos em Saúde e Meio Ambiente da UFPA (LEBIOS) para fazer uma análise da primeira fase, revisar os instrumentos da pesquisa, discutir a logística das viagens e planejar a retomada das atividades de campo.
Equipe em reunião
FONTE: Arquivo Lebios (2015)
Entre janeiro e março, quatro equipes, com dois pesquisadores de campo cada, se deslocarão novamente aos municípios de Aveiro, Bujarú, Cachoeira do Ararí, Curuá, Jacundá, Limoeiro do Ajurú, São Sebastião da Boa Vista e Tracuateua para conhecer mais detalhes sobre o funcionamento do Projeto Mais Médicos no Estado e suas implicações para a saúde da população, e contribuir, assim, para a avaliação multicêntrica nacional.
Equipe do Projeto
Hilton, Raphael, Pérola, Edmir, Martha, Tania, Camila, Ariana e Roseane
FONTE: Arquivo Lebios (2015)

Já como um dos resultados da primeira fase, foi criado um documentário em curta metragem sobre as impressões iniciais da pesquisa e a experiência dos pesquisadores do Pará. O material, dirigido por Rafael Cabral, está disponível em: